A Cidade Mágica dos Gatos
No
dia 31 de dezembro de 2016, eu e a minha família fomos passear um pouco até
chegar a meia-noite. Nesse dia, como já era de costume, as ruas estavam cheias
de gente a divertir-se e já se via algumas com um pouco de álcool a mais…
Para passar o tempo, eu e a minha família, fomos a um café
perto de uma rua um pouco escura e sombria, que mais parecia uma daquelas ruas
desabitadas dos filmes dos cowboys. Era um pouco assustadora, mas o homem do
café disse-nos que era assim mesmo, por causa de umas representações teatrais que
eram ali feitas na altura do Halloween…Com a explicação do senhor fiquei mais tranquila,
mas de vez em quando, ouviam-se uns barulhos estranhos e perguntei-lhe:
– O que são estes barulhos?
– São apenas animais vadios… normalmente são
gatos e cães – respondeu ele.
Com
a resposta dele ainda fiquei mais aliviada. O meu pai lá pagou e saímos do
café. Com a discrição da rua feita pelo senhor, os meus pais tiveram a curiosidade
de atravessar a rua até ao outro lado da cidade.
Já
quase a chegar ao meio da rua, começaram os barulhos e a aparecerem gatos
vadios e outros não tão vadios. Eu vi um muito bonito e mansinho. Tentei chegar
à beira dele mas o meu pai alertou-me:
–
Não te chegues à beira deles, podem ter doenças contagiosas!
Mas
mesmo assim aproximei-me do gatinho e pareceu-me ouvi-lo falar! Fiquei muito assustada
e corri em direção aos meus pais. Passado pouco tempo pareceu-me ouvir novamente
a sua voz. Olhei para trás e lá estava o gato que continuava a chamar. Dessa
vez tive a certeza de que ele falava e fui ter com ele.
– Na verdade tu falas mesmo! Mas como é que é
possível?- perguntei eu, cheia de curiosidade.
–
É uma longa história. Na verdade nem é assim tão longa, mas é um pouco confusa.
Nunca ninguém parou aqui. Mal eu começava a falar, iam-se logo embora
assustados mas, tu tiveste uma atitude diferente. Já agora, eu sou o Sr.
Bigodes. Segue-me, pois eu vou mostrar-te uma coisa.
Lá
o segui e logo entrei numa porta muito pequena. Só acreditei naquilo porque vi
com os meus próprios olhos. Era quase um pequeno mundo de gatos falantes. O Sr.
Bigodes deu me uma poção para eu encolher e assim poder entrar em cada local
diferente. Ele ficou muito tempo a mostrar-me quase tudo, até que vi aquilo de
que mais gostei. Uma fábrica de roupa para animais. Cada roupa mais fofa do que
outra!
Já
perto da meia-noite, falei-lhe de que tinha de ir embora e que já tinha
recebido varias chamadas dos meus pais. Mas antes de me ir, disse-me:
–
Não podes ir assim tão pequena embora, pois não?
Então,
o Sr. Bigodes deu-me uma poção para que eu voltasse ao normal…
– Agora só te peço uma coisa. Não digas nada a
ninguém, por favor. Já agora, acabei por não te contar, mas eu sou um gato mágico,
por isso é que falo!
Já
estava com o telefone nas mãos para ligar aos meus pais quando o ouvi dizer
isso mas, já era tarde para voltar para trás. Fiquei muito contente e com
vontade de voltar lá. Quando cheguei junto dos meus pais, já estava a ser meia-
noite e sim! Era 2017!
No caminho de regresso a casa, os meus pais não paravam de me perguntar
o porquê de eu ter ficado para trás até tão tarde. Mas lá tive de inventar
qualquer coisa, porque um segredo é sempre um segredo…
Ana Carolina Amorim de Sousa Lima nº 2
Turma – 6ºA