A
paixão de João
Há muito tempo atrás
existia um homem já muito sábio e velho. Tinha um cabelo grisalho aos caracóis.
Andava sempre com a barba por desfazer. Era um homem solitário mas com um
coração de ouro. Vivia sozinho numa velha aldeia que há pouco tempo tinha sido
invadida por animais ferozes de todas as espécies.
Um dia, começaram a vir
pessoas para essa aldeia e o velho, que já não falava com pessoas há bastante
tempo, ficou feliz e começou a impor a ordem. Uns iam à caça, outros
reconstruíam a aldeia e outros tinham de a proteger.
Passados alguns anos
nasceu então o primeiro menino e deram-lhe o nome de João, já que este era o
nome do velho. Quando o menino fez seis anos já queria saber escrever e ler. Então
o sábio, de tão feliz que ficou, queria ajudá-lo. Como não tinha dinheiro para
o pôr numa escola teve de ser ele a ensinar-lhe as primeiras letras. Mas com o
passar do tempo o João conseguiu ir mesmo para a escola.
Um dia, ele e a sua turma
foram a uma visita de estudo onde o João encontrou uma menina de quem gostou
muito. Nunca mais a esqueceu e olhava para ela todos os dias, sempre
disfarçadamente. Quando já estava no quarto ano, ganhou coragem e decidiu
fazer-lhe um lenço de namorados. Tinha aprendido com a sua avó a bordar. Depois
do lenço terminado, ele achou que seria fácil entregar-lho, mas não foi bem
assim, pois ela estava sempre rodeada de amigas. O João tinha escrito o nome da
menina no lenço: Matilde.
Finalmente a oportunidade
chegou. O João entregou-lhe o lenço e convidou-a para ir dar um passeio de
bicicleta na avenida. Ela aceitou o convite, pois também queria conhecê-lo melhor. Deliciaram-se a
andar de bicicleta. Fizeram corridas, conversaram sobre coisas das suas vidas.
Contaram segredos. Riram-se das piadas, um do outro. Foi um dia em cheio.
No fim do passeio voltaram para as suas casas e sonharam um com o outro.
Até que um dia depois de
se conhecerem bem e de serem namorados durante bastante tempo, decidiram casar-se
e tiveram dois filhos aos quais chamaram Rui Silva e Mariana Silva.
Diogo Marinho, 6º A
prof. Cândida Passos
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