No
dia 8 de janeiro de 2014, o professor João Macedo, da Equipa da Escola Superior
de Enfermagem da Universidade do Minho, dinamizou na nossa turma (Curso
Vocacional de Apoio Familiar e à Comunidade) uma sessão de sensibilização sobre
o tema: “Falar sobre a morte e o morrer”. Esta decorreu na disciplina de Gestão
do Comportamento e foi promovida pela professora Carla Abreu, no âmbito do
projeto Mais e Melhor Saúde.
O
professor começou por salientar que a maior parte das pessoas nega a morte,
porque não se sentem à vontade para falar sobre o assunto, apesar de este ser
um acontecimento natural, uma etapa no ciclo de vida, isto é, todas as pessoas
morrem. Já o luto é uma reação emocional a uma perda significativa. É um
processo natural e um modo de recuperação emocional face à perda, cujas manifestações
físicas podem são várias: vazio no estômago, aperto no peito, falta de ar,
distúrbios de sono, distúrbio alimentar, isolamento social, choro…
O
professor João explicou-nos também que há várias fases do luto: negação, raiva,
negociação, depressão e aceitação e aprendemos que devemos ter muito cuidado com
as palavras no momento da perda de um familiar por parte de alguém, sendo que muitas
das vezes, estar em silêncio é o melhor a fazer.
Ficamos
a saber como ajudar o enlutado: ser um bom ouvinte; estar presente; assistir e
acompanhar na despedida; deixar a pessoa expressar a sua dor; não minimizar
perda; relembrar momentos e não evitar o assunto. Não é possível prever o tempo
e a intensidade do luto, mas dificilmente o processo ocorre num período
inferior a um ano. Os sinais de término do luto são: recordar a fala da pessoa falecida
sem dor e sem tristeza; a reorganização da vida; a adaptação a novos papéis e a
consciência da finitude.
Descobrimos
que o luto não se faz só com as pessoas que morrem, mas também pode acontecer
com pessoas vivas, em diversas situações, em amizades, namoro e também nos
divórcios. Há sempre dificuldades em lidar com a perda de alguém e muitos lutos
não são resolvidos facilmente. A consciência da finitude é fundamental para se
viver plenamente e para ser dar mais valor à vida.