domingo, 4 de dezembro de 2016



                                                O espírito natalício

Como é tradição em casa da Mariana, no dia 1 de dezembro a família reúne-se para fazer o pinheiro. Mas este ano ia ser diferente, o pai José não podia estar presente. Mas o resto da família não quebrou a tradição. Montaram o pinheiro sem a presença do pai. A mãe Maria e o seu irmão João foram buscar a árvore e a caixa com os enfeites de Natal ao sótão, enquanto a Mariana e a sua irmã Ana foram apanhar musgo às pedras em frente à sua casa. A mãe colocou o pinheiro na sala e os seus filhos colocaram as bolas, as luzes e as fitas.
De seguida foram fazer o presépio. Construíram uma cabana para Maria, José, Jesus, a vaquinha e o burro. Depois de enfeitarem o pinheiro, começaram a decorar a casa na parte de fora. O João colocou o Pai Natal perto da chaminé, a Mariana enfeitou as grades com as luzes e a mãe e a irmã decoraram algumas árvores do jardim. Quando o pai chegou a casa ficou surpreendido com o trabalho da família.
Ao fim do dia, os três irmãos foram cada qual para o seu quarto escrever a carta ao Pai Natal. A carta de Mariana era pequena, ela já era crescida e sabia que o Pai Natal não existia de verdade. Pediu apenas um livro que tinha saído há pouco. Os seus irmãos como eram mais novos, ainda acreditavam que o Pai Natal existia. João pediu uma bola de futebol e prometeu que se portava bem. Ana escreveu uma carta maior com uma lista de coisas que queria receber: uma bolsa cor-de-rosa, um microfone para cantar, uma corda para saltar, mas o que se destacava mais naquela lista era o nenuco que falava, ria e comia.
Os pais aproveitaram o dia oito, como era feriado para comprarem os presentes para os filhos, enquanto estes ficaram a brincar com os primos. Quando os filhos chegaram a casa, viram que o pinheiro estava cheio de prendas. Então tentaram descobrir o que cada um ia receber.
- O que será que compraram para mim?- queria saber Mariana.
- Será que me compraram uma bola de futebol?-perguntou João.
-Será que os pais me compraram o Nenuco que lhes pedi? – interrogou a Ana
De repente apareceu a mãe e disse-lhes que tinham que esperar até ao dia vinte e cinco para abrirem os presentes.
-Mas mãe ainda falta tanto tempo!-exclamou a Ana.
Os dias passaram rápido e num abrir e fechar de olhos já estavam no dia vinte e três de Dezembro. A família foi às compras para a ceia de Natal. Compraram o bacalhau, alguns doces, o famoso sortido, nozes e mais algumas surpresas para a ceia de Natal.
No dia vinte e quatro acordaram bem cedo para começarem com os preparativos. Ainda faltava comprar algumas coisas, então a mãe e as duas filhas foram comprar o pão de ló, o bolo-rei, o queijo, os pinhões, o champanhe, sumo para as crianças, o cabrito, as couves e as batatas. O pai e o João ficaram a pôr as mesas na sala. Quando Maria chegou, começou por fazer alguns arranjos para enfeitar as mesas. O João pediu à mãe que lhe fizesse um arranjo para a mesa dele com uma vela vermelha e muito azevinho com bolinhas vermelhas.
De seguida, foram preparar as mesas com a toalha de Natal e guardanapos vermelhos. A mãe tinha comprado um serviço de pratos e copos com decorações de Natal. Começaram a fazer os formigos, as rabanadas, a aletria, o leite-creme e um bolo de chocolate. De seguida prepararam o jantar. A Mariana e o João descascaram as batatas para o jantar enquanto a mãe preparava as couves com a ajuda da Ana. Estavam todos numa ânsia que chegasse a hora de abrir os presentes. Já estava tudo preparado quando a restante família chegou, mas as crianças continuavam ansiosas por abrir as prendas. Então foram mostrar à família o pinheiro de Natal e aproveitaram para ligarem as luzes. A família adorou a árvore de Natal e foram para a mesa para iniciar o jantar. Enquanto jantavam, comentavam como seria o Natal dos sem-abrigo, dos doentes, da restante família, das pessoas pobres, e falavam como iria começar o próximo ano. Entretanto acabaram de jantar, os mais crescidos foram jogar às cartas, e as crianças jogaram ao dominó, ao “quatro em linha” e ao uno, enquanto as mulheres arrumavam a louça do jantar. Para ajudar a passar o tempo, foram petiscando uns docinhos. Fizeram algumas brincadeiras e por fim chegou a hora de irem à missa do galo. Quando chegaram da missa, foram surpreendidos com a presença do pai Natal. Entrou e começou a distribuir os presentes. Todos adoraram e brincaram com os presentes novos. Assim acabou a ceia de Natal.
No dia vinte e cinco, dia de Natal, a família juntou-se novamente para almoçar. Passaram uma tarde a jogarem e com muita brincadeira. As crianças estavam todas entusiasmadas com o que tinham recebido.

 E assim a família celebrou mais um dia de Natal.



Catarina Araújo, nº 7,  6º C


                       

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