domingo, 8 de janeiro de 2017

                          A Cidade Mágica dos Gatos

                No dia 31 de dezembro de 2016, eu e a minha família fomos passear um pouco até chegar a meia-noite. Nesse dia, como já era de costume, as ruas estavam cheias de gente a divertir-se e já se via algumas com um pouco de álcool a mais…
            Para passar o tempo, eu e a minha família, fomos a um café perto de uma rua um pouco escura e sombria, que mais parecia uma daquelas ruas desabitadas dos filmes dos cowboys. Era um pouco assustadora, mas o homem do café disse-nos que era assim mesmo, por causa de umas representações teatrais que eram ali feitas na altura do Halloween…Com a explicação do senhor fiquei mais tranquila, mas de vez em quando, ouviam-se uns barulhos estranhos e perguntei-lhe:
 – O que são estes barulhos?
 – São apenas animais vadios… normalmente são gatos e cães – respondeu ele.
Com a resposta dele ainda fiquei mais aliviada. O meu pai lá pagou e saímos do café. Com a discrição da rua feita pelo senhor, os meus pais tiveram a curiosidade de atravessar a rua até ao outro lado da cidade.
Já quase a chegar ao meio da rua, começaram os barulhos e a aparecerem gatos vadios e outros não tão vadios. Eu vi um muito bonito e mansinho. Tentei chegar à beira dele mas o meu pai alertou-me:
– Não te chegues à beira deles, podem ter doenças contagiosas!
Mas mesmo assim aproximei-me do gatinho e pareceu-me ouvi-lo falar! Fiquei muito assustada e corri em direção aos meus pais. Passado pouco tempo pareceu-me ouvir novamente a sua voz. Olhei para trás e lá estava o gato que continuava a chamar. Dessa vez tive a certeza de que ele falava e fui ter com ele.
 – Na verdade tu falas mesmo! Mas como é que é possível?- perguntei eu, cheia de curiosidade.
– É uma longa história. Na verdade nem é assim tão longa, mas é um pouco confusa. Nunca ninguém parou aqui. Mal eu começava a falar, iam-se logo embora assustados mas, tu tiveste uma atitude diferente. Já agora, eu sou o Sr. Bigodes. Segue-me, pois eu vou mostrar-te uma coisa.
Lá o segui e logo entrei numa porta muito pequena. Só acreditei naquilo porque vi com os meus próprios olhos. Era quase um pequeno mundo de gatos falantes. O Sr. Bigodes deu me uma poção para eu encolher e assim poder entrar em cada local diferente. Ele ficou muito tempo a mostrar-me quase tudo, até que vi aquilo de que mais gostei. Uma fábrica de roupa para animais. Cada roupa mais fofa do que outra!
Já perto da meia-noite, falei-lhe de que tinha de ir embora e que já tinha recebido varias chamadas dos meus pais. Mas antes de me ir, disse-me:
– Não podes ir assim tão pequena embora, pois não?
Então, o Sr. Bigodes deu-me uma poção para que eu voltasse ao normal…
 – Agora só te peço uma coisa. Não digas nada a ninguém, por favor. Já agora, acabei por não te contar, mas eu sou um gato mágico, por isso é que falo!
            Já estava com o telefone nas mãos para ligar aos meus pais quando o ouvi dizer isso mas, já era tarde para voltar para trás. Fiquei muito contente e com vontade de voltar lá. Quando cheguei junto dos meus pais, já estava a ser meia- noite e sim! Era 2017!
        No caminho de regresso a casa, os meus pais não paravam de me perguntar o porquê de eu ter ficado para trás até tão tarde. Mas lá tive de inventar qualquer coisa, porque um segredo é sempre um segredo…

 Ana Carolina Amorim de Sousa Lima  nº 2    Turma – 6ºA


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