As cores outonais
de Cândida Passos
As cores outonais são lindas demais.
Os castanhos, os vermelhos, os amarelos, os verdes…e outras
tais.
As cores esbatidas: os vermelhados, os acastanhados, os
amarelados, os esverdeados
E outras tais! São as
verdadeiras cores outonais.
Atapetam o chão para as crianças soltaram as suas
gargalhadas,
Ao pisarem, ao correrem em cima das folhas que soam rumores
baixinhos
Aos seus ouvidos, de crianças atentas aos sons da natureza e
aos seus bichinhos.
Inspiram as pinceladas do pintor entranhado apenas na cor
outonal.
Pincelada aqui, pincelada acolá e pinta uma tela logo pela
manhã.
Inspiram os versos do poeta que pretende harmonia nos seus
escreveres.
Fala do vermelho e do avermelhado, a cor do fogo, cor quente
Nas noites longas de inverno.
Fala do amarelo e do amarelado, a cor do sol que aquece o
coração,
Nas noites longas de solidão.
Fala do verde e do esverdeado, a cor que anima o esperançado
Que espera na longevidade dos anos por um destino melhor.
As cores outonais são lindas demais.
São abençoadas pelo pregador nas suas preces silenciosas.
São as cores do silêncio que querem ser ouvidas.
Num mundo sombrio de amor!
Cândida Passos 22-11-17
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