terça-feira, 28 de novembro de 2017



As cores outonais


 de Cândida Passos


As cores outonais são lindas demais.
Os castanhos, os vermelhos, os amarelos, os verdes…e outras tais.
As cores esbatidas: os vermelhados, os acastanhados, os amarelados, os esverdeados
 E outras tais! São as verdadeiras cores outonais.
Atapetam o chão para as crianças soltaram as suas gargalhadas,
Ao pisarem, ao correrem em cima das folhas que soam rumores baixinhos
Aos seus ouvidos, de crianças atentas aos sons da natureza e aos seus bichinhos.
Inspiram as pinceladas do pintor entranhado apenas na cor outonal.
Pincelada aqui, pincelada acolá e pinta uma tela logo pela manhã.
Inspiram os versos do poeta que pretende harmonia nos seus escreveres.
Fala do vermelho e do avermelhado, a cor do fogo, cor quente
Nas noites longas de inverno.
Fala do amarelo e do amarelado, a cor do sol que aquece o coração,
Nas noites longas de solidão.
Fala do verde e do esverdeado, a cor que anima o esperançado
Que espera na longevidade dos anos por um destino melhor.
As cores outonais são lindas demais.
São abençoadas pelo pregador nas suas preces silenciosas.
São as cores do silêncio que querem ser ouvidas.
Num mundo sombrio de amor!

Cândida Passos 22-11-17


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